VATICANO, 13 Mar. 14 / 09:36 am (ACI/EWTN Noticias).- O secretário pessoal do Papa Francisco, Mons. Alfred Xuereb, revelou aspectos pouco conhecidos da vida cotidiana do Pontífice no Vaticano. Segundo este próximo colaborador, o Pontífice esquece suas doenças físicas para estar perto das pessoas, e quando sente a necessidade de fazer uma pausa não opta por não fazer nada, mas por rezar o Terço.
“Acredite, ele não perde sequer um minuto! Trabalha incansavelmente. E quando sente a necessidade de fazer uma pausa, não é que fecha os olhos e não faz nada: senta-se e reza o terço. Acho que reza, pelo menos, três terços por dia. E me disse: ‘Isso me ajuda a relaxar’. Depois, recomeça, retoma o trabalho”.
Pela manhã cedo “dedica-se à meditação preparando também a homilia daMissa na Santa Marta. Depois, escreve cartas, faz ligações, saúda as pessoas que encontra e se informa sobre a família delas”.
A um ano de sua eleição, o Secretário Pessoal do Papa Francisco, explicou à Rádio Vaticana que o Papa já padecia de ciática quando ao celebrar a Missa da Quinta-Feira Santa em março de 2013, ajoelhou-se uma e outra vez para lavar os pés aos doze detentos do centro penitenciário para menores Casal del Marmo de Roma.
Aos 77 anos de idade, o Papa “esquece completamente suas doenças. Por exemplo, nos primeiros meses de Pontificado tinha uma forte dor por causa da ciática que voltou a incomodar. Os médicos lhe aconselharam que evitasse inclinar-se, mas ele, quando se encontra com doentes em cadeira de rodas ou com as crianças doentes em seus carrinhos, inclina-se ante eles e faz com que notem a sua proximidade“.
“Assim, por exemplo, aconteceu durante as celebrações eucarísticas de Casal del Marmo na noite da Quinta-feira Santa, durante o lava-pés. Sem atender à dor que sentia, ajoelhou-se diante de cada um dos doze jovens detidos para beijar seus pés”, explicou Mons. Xuereb em 10 de março na entrevista que concedeu à Rádio Vaticana.
“Párocos e sacerdotes nos dizem quase diariamente quantas pessoas voltaram à confissão e à prática da fé animadas pelo Papa Francisco, especialmente quando nos recorda que Deus não se cansa nunca de perdoar-nos. Ele, como viram, tem uma atenção especial pelos doentes, e isto porque ele vê neles o corpo de Cristo que sofre”, acrescentou.
Mons. Xuereb, que foi nomeado recentemente Secretário Geral da Secretaria para a Economia do Vaticano, assinalou que todos os dias o Papa recebe uma pessoa atrás da outra na Casa Santa Marta, e escuta uma por uma com atenção.
O Prelado maltês assegura que o que mais lhe impressiona do Santo Padre é “a sua determinação”. “Uma convicção que estou certo lhe vem do Alto, porque é um homem profundamente espiritual, que busca, na oração, a inspiração de Deus”.
Neste sentido comentou que a visita a Lampedusa no verão passado onde o Santo Padre encontrou-se com os imigrantes foi decidida porque, depois de entrar algumas vezes na capela, veio-lhe uma inspiração: “ir pessoalmente encontrar essas pessoas, esses náufragos, e chorar os mortos”.
“E quando ele entendeu que essas ideias lhe vinham à mente várias vezes, então estava certo de que Deus queria esta visita. E a realizou mesmo sem muito tempo para prepará-la. O mesmo método ele usa para a escolha das pessoas que chama para colaborar de perto com ele”, disse.
Mons. Xuereb indicou que o Papa é como um missionário que vai em busca daqueles que não conhecem Deus, “que atrai para si mesmo a multidão, essa multidão que provavelmente se sente perdida, com a tentativa de levá-la ao coração do Evangelho”.
“Converteu-se por assim dizer no pároco do mundo e está animando todos os que se sentem longe da Igreja a voltar, com a certeza de que encontrarão o seu lugar na Igreja”, concluiu.
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