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Oração em família preenche vazio e Deus está no meio de nós.

Catequese do Papa Bento XVI nesta na quarta feira dia 28/12/2011:
Queridos irmãos e irmãs,
No clima natalício que nos envolve, convido-vos a reflectir sobre a oração na
vida da Sagrada Família de Nazaré, tomando por modelo Jesus, Maria e José. Como
toda a família judia, os pais de Jesus – tinha ele quarenta dias - sobem ao
templo para consagrar a Deus o filho primogénito. Maria ouve lá, do velho
Simeão, palavras que lhe anunciam glórias e tribulações. Ela «guardava todas
estas coisas no seu coração». Esta capacidade de Maria era contagiosa, sendo o
seu primeiro beneficiário José. De facto ele, com Maria e sobretudo depois com
Jesus, aprende a relacionar-se de modo novo com Deus, colaborando no seu
projecto de salvação. Como era tradição, José presidia à oração doméstica no dia
a dia: de manhã, à noite e nas refeições. Assim Jesus aprendeu a alternar oração
e trabalho, e a oferecer a Deus o suor e cansaço para ganhar o pão de cada dia.
Se uma criança não aprende a rezar em família, este vazio será difícil de
preencher depois. Possam todos descobrir, na escola de Nazaré, a beleza de
rezarem juntos como família.

Educação dos filhos e a palmada

O filho se educa pela fé e pela conquista...

Uma boa educação dos filhos não se impõe com leis, muito menos com uma lei das palmadas. Quem é que vai conferir se lá no fundo da roça um pais bate nos filhos? Quem vai levar a lei até uma mãe no meio do labirinto das favelas que dá uma palmada em seu filho? Esta lei me parece mais uma daquelas tristes “soluções fáceis para problemas difíceis”, de que tanto falou o Papa Paulo VI. Nunca precisei usar da palmada para educar meus cinco filhos; conversamos muito, coloquei-os de castigo muitas vezes, sem bater neles nem os humilhar. Não é uma lei que vai resolver isso.

Quanto menos educação tem um povo, tanto mais leis criam seus governantes, dizem os sociólogos. O que precisamos é educar os pais, colocar o amor de Deus no coração deles e ensinar-lhes que os filhos são dons preciosos que o Senhor lhes confiou para educá-los com carinho e modelá-los como preciosos diamantes. É preciso proteger a família, lutar contra toda a imoralidade que a destrói e desfigura. É assim que vamos assegurar aos filhos uma boa educação, sem violência e sem a intervenção do Estado.

O filho se educa pela fé e pela conquista, mesmo que hoje seja mais difícil educá-los, porque uma inundação de “falsos valores” entra em nossas casas pela mídia. No entanto, com um trabalho dedicado e atencioso os pais podem realizar uma boa educação. Mas, para isso, terão de “conquistar” os seus filhos, sem o que, eles não ouvirão a sua voz e não colocarão em prática os seus conselhos. Mas essa conquista não acontece com o que damos a nossos filhos, mas com o que “somos” para eles. Temos tempo para eles? Brincamos com eles? Conversamos com eles? Nós os ajudamos em suas dificuldades? Sabemos acolher seus amigos? Tornamos o lar um lugar agradável? Sabemos corrigi-los com delicadeza e firmeza, sem humilhá-los? Sabemos descer a seu nível de idade e de sentimentos? Sabemos valorizá-los, estimulá-los e elogiá-los?

Um dia, quando os meus cinco filhos ainda eram adolescentes, eu li uma frase atrás de um carro que me fez pensar muito: “Conquiste o seu filho antes que o traficante o faça”.

Antes de tudo os filhos precisam “ter orgulho” dos pais; sem isso a educação poderá ficar comprometida. Se o filho tiver mais amor ao mundo do que aos pais, então, ele ouvirá mais o mundo do que os genitores. É assim que os pais “perdem” os seus filhos e já não mais ouvem a voz deles.

Conclui-se daí que os primeiros a serem educados são os pais, para poderem educar os filhos. André Berge, pedagogo francês, dizia que “os defeitos dos pais são os pais dos defeitos dos filhos”.

Foi Deus quem nos criou; Ele nos conhece, portanto, até a mais profunda e escondida fibra do nosso ser, seja no campo biológico, seja no psicológico, no racional, sensitivo ou espiritual. Por isso, querer educar os filhos sem Deus e Suas santas leis, seria relegar o homem a um plano muito inferior ao que ele ocupa: o de filho de Deus, imagem e semelhança do seu Criador. Deixar Deus de fora da educação dos filhos seria algo comparável a alguém que quisesse montar uma bela é complexa máquina ou estrutura sem querer usar e seguir o projeto detalhado do projetista. É claro que tudo sairia errado.

Educar é uma bela e nobre missão, pela qual vale a pena gastar o tempo, o dinheiro e a vida; afinal, estamos diante da maior preciosidade da vida: os nossos filhos. Tudo será pouco em vista da educação deles. Por essa razão, não é preciso de palmadas nem de leis para isso.

Foto

Felipe Aquino


A Resposta Católica: "Laqueadura"


Buscar a Deus em primeiro lugar é também confiar a Ele os meios de subsistência. É receber com alegria e generosidade os filhos que Ele mandar sabendo que, por meio da sua Providência, nada faltará. Este sempre foi o pensamento da Igreja Católica, testemunhado por tantas passagens bíblicas. O nascimento do próprio Deus é a maior prova de que os filhos são bênçãos e sinais de muita alegria.

Apesar disso, vivemos numa sociedade cada vez mais egoísta e afastada de Deus. Numa sociedade que privilegia o luxo, o conforto, o ter, em detrimento da confiança Naquele que tudo pode e para quem nada é impossível.

Como reparar o mal causado pela laqueadura? Mesmo não se tratando, em muitos casos, de um pecado, é algo imoral. Neste episódio, saberemos como agir.

Quando é que devemos rezar?


1. De manhã e a noite. A oração da amanhã é o batismo do dia, um dia que começa sem oração é um dia pagão.
A oração da noite é a extrema-unção do dia, um dia que termina sem oração é um dia que morre sem sacramento, quem não reza não é cristão, não se salva.
2.Devemos rezar na hora da tentação, quem não reza quando tentado, cai fatalmete no pecado, mas quem reza e reza bem, não cai porque Deus lhe acode com sua graça e com a graça sempre é possivel vencer toda e qualquer tentação, por forte e violenta que seja.
Deus nunca permite que sejamos tentado acima de nossas forças.
3. Devemos rezar na tristeza e no sofrimento, na enfermidade, na pobreza e nas perseguições.
Como diz o papa Bento XVI "devemos rezar mesmo que Deus não nos atenda no momento" e eu complemento é pela oração que estamos em comunhão com Deus para nos aproximar dos irmãos.
Deus Abencõe
Cristiano/obra Shalom

O SIM PARA DEUS É UNIÃO PARA SEMPRE


DIA 22 DE DEZEMBRO DO PRESENTE ANO PARTICIPEI DA COMEMORAÇÃO DOS 49 ANOS DE CASADO DO CASAL SOCORRO E ELIAS E ISTO É GRANDE TESTEMUNHO DE QUE QUANDO DEUS EDIFICA O MATRIMONIO ELE SE TORNA FIEL, FECUNDO E INDISSOLUVEL, FIEL POR QUE ELES SOUBERAM DA O SIM UM PARA OUTRO BASEADO NA ALIANÇA DO AMOR DE JESUS PELA SUA IGREJA.
FECUNDO POR QUE ESTE CASAL COLOCOU A UNIÃO CONJUGAL ABERTA A VIDA E GERARAM SETE FILHOS DA QUAL UM DELES É MEU CUNHADO, INDISSOLUVEL POR QUE ELES FIZERAM DO SEU MATRIMONIO UM ESPAÇO SAGRADO PARA QUE DEUS POSSA HABITAR PARA SEMPRE ATE QUE AMORTE O SEPARE, REFLETINDO ESTA UNIÃO VI QUE ESTE CASAL AMARAM NÃO SOMENTE COM O CORPO MAS COM SUAS VIDAS, QUERIA TERMINAR COLOCANDO UMA FRASE DO PAPA PIO XI:"QUANDO OS FIÉIS PRESTAM ESTE CONSETIMENTO SINCERAMENTE ABREM PARA SI MESMO OS TESOUROS DA GRAÇA SACRAMENTAL."

Cardeal Cañizares: É recomendável comungar na boca e de joelhos

ACI/EWTN Noticias)

Em entrevista concedida à agência ACI Prensa, o Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos no Vaticano, Cardeal Antonio Cañizares Llovera, assinalou que é recomendável que os católicos comunguem na boca e de joelhos.

Assim indicou o Cardeal espanhol que serve na Santa Sé como máximo responsável, depois do Papa, pela liturgia e os sacramentos na Igreja Católica, ao responder se considerava recomendável que os fiéis comunguem ou não na mão.

A resposta do Cardeal foi breve e singela: "é recomendável que os fiéis comunguem na boca e de joelhos".

Do mesmo modo, ao responder à pergunta da ACI Prensa sobre o costume promovido pelo Papa Bento XVI de fazer que os fiéis que recebam dele a Eucaristia o façam na boca e de joelhos, o Cardeal Cañizares disse que isso se deve "ao sentido que deve ter a comunhão, que é de adoração, de reconhecimento de Deus".

"Trata-se simplesmente de saber que estamos diante de Deus mesmo e que Ele veio a nós e que nós não o merecemos", afirmou.

O Cardeal disse também que comungar desta forma "é o sinal de adoração que necessitamos recuperar. Eu acredito que seja necessário para toda a Igreja que a comunhão se faça de joelhos".

"De fato –acrescentou– se se comunga de pé, é preciso fazer genuflexão, ou fazer uma inclinação profunda, coisa que não se faz".

O Prefeito vaticano disse ademais que "se trivializarmos a comunhão, trivializamos tudo, e não podemos perder um momento tão importante como é o de comungar, como é o de reconhecer a presença real de Cristo ali presente, do Deus que é amor dos amores como cantamos em uma canção espanhola".

Ao ser consultado pela ACI Prensa sobre os abusos litúrgicos em que incorrem alguns atualmente, o Cardeal disse que é necessário "corrigi-los, sobre tudo mediante uma boa formação: formação dos seminaristas, formação dos sacerdotes, formação dos catequistas, formação de todos os fiéis cristãos".

Esta formação, explicou, deve fazer que "celebre-se bem, para que se celebre conforme às exigências e dignidade da celebração, conforme às normas da Igreja, que é a única maneira que temos de celebrar autenticamente a Eucaristia".

Finalmente o Cardeal Cañizares disse à agência ACI Prensa que nesta tarefa de formação para celebrar bem a liturgia e corrigir os abusos, "os bispos têm uma responsabilidade muito particular, e não podemos deixar de cumpri-la, porque tudo o que façamos para que a Eucaristia se celebre bem será fazer que na Eucaristia se participe bem".



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Reze oração para pedir graças por intercessão de João Paulo II


Da Redação

Agora os católicos de todo o mundo podem rezar ao Senhor por intercessão do Papa João Paulo II Com a cerimônia de beatificação realizada na manhã deste Domingo da Misericórdia, 1º, o culto ao Pontífice é inscrito no calendário próprio da Diocese de Roma e de todas as da Polônia, terra natal de Karol Wojtyla.

A seguir, confira a oração própria para pedir graças por intercessão do novo Beato.


Oração

Ó Trindade Santa, nós Vos agradecemos por ter dado à Igreja o Beato João Paulo II e por ter feito resplandecer nele a ternura da vossa Paternidade, a glória da cruz de Cristo e o esplendor do Espírito de amor.

Confiando totalmente na vossa infinita misericórdia e na materna intercessão de Maria, ele foi para nós uma imagem viva de Jesus Bom Pastor, indicando-nos a santidade como a mais alta medida da vida cristã ordinária, caminho para alcançar a comunhão eterna Convosco. Segundo a Vossa vontade, concedei-nos, por sua intercessão, a graça que imploramos, na esperança de que ele seja logo inscrito no número dos vossos santos. Amém.

Com a aprovação eclesiástica
AGOSTINO CARD. VALLINI
Vigário Geral de Sua Santidade para a Diocese de Roma
Comunicar as graças recebidas a:
Postulazione della Causa di Canonizzazione
del Beato Giovanni Paolo II
Piazza S. Giovanni in Laterano, 6/a – 00184 Roma

HOMILIA DE BENTO XVI NA BEATIFICAÇÃO DE JOAO PAULO II

Papa Bendo disse: que João Paulo II foi homem que enfrentou sistema politicos, economicos e religiosos ate mesmo maxismo com teologia do progresso, esse foi um grande desafio que com fé no Senhor e pela força do evangelho e açao do Espirito Santo agindo assim sem medo.

Estou condenado a viver Sosinho(a)?

Convido a voce a assitir ese video onde Padre Paulo Ricardo, ordenado sacerdote no dia 14 de junho de 1992, pelo Papa João Paulo II. É bacharel em teologia e mestre em direito canônico pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma).
Foi durante quinze anos reitor do Seminário Arquidiocesano de Cuiabá. Desde 2002, a Santa Sé o nomeou membro do Conselho Internacional de Catequese (Coincat), da Congregação para o Clero, ele vem se dedicando a responder com resposta catolica seguindo ao magisterio da igreja, pergunta de pessoas que se casaram mas que agora estão irregular perante a igreja, o que devo fazer?

A Santa Escravidão de Amor


A Santa Escravidão a Jesus por Maria é uma prática de devoção antiguíssima, remontando aos primeiros séculos da Igreja. Com o passar dos séculos, experimentou uma admirável evolução, no sentido que cada vez melhor se compreendeu o que esta prática significava no contexto da fé. Passando pela escola francesa do século XVII do cardeal de Bérulle, Boudon, Olier, Condrem, São João Eudes, etc.

Foi em São Luís Grignion de Montfort que a doutrina e a prática da Santa Escravidão encontrou sua expressão mais perfeita, sendo também, por meio deste grande apóstolo de Maria, que esta prática devocional tornou-se popular. A doutrina e espiritualidade da Santa Escravidão de Amor foram imortalizadas por São Luís Grignion, no célebre escrito: “O Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”.

Verdadeiro jejum é nutrir-se da Palavra de Deus, diz Papa

Convida todos a percorrer o “caminho batismal” da Quaresma

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 9 de março de 2011 (ZENIT.org) - O Papa Bento XVI explicou hoje que o jejum não é um fim em si mesmo, mas o "sinal externo" de uma "realidade interior", que é saber "viver do Evangelho".

O Pontífice quis dedicar sua catequese de hoje, Quarta-Feira de Cinzas, a refletir sobre a Quaresma e sobre as práticas de piedade ligadas a ela: o jejum, a oração e a esmola.

O jejum "significa abster-se de comida, mas inclui outras formas de privação que visam a uma vida mais sóbria".

No entanto, "tudo isso não é ainda a realidade plena do jejum: é o sinal exterior de uma realidade interior, do nosso compromisso, com a ajuda de Deus, de abster-nos do mal e de viver o Evangelho". Não jejua de verdade quem não sabe se nutrir da Palavra de Deus", acrescentou.

"O jejum, na tradição cristã, está intimamente ligado à esmola", afirmou o Papa.

Neste sentido, recordou, com Santo Agostinho, que, tanto o jejum como a esmola são "as duas asas da oração", que lhe permitem ganhar maior impulso e chegar a Deus.

"A Igreja sabe que, pela nossa fraqueza, é muito fatigante fazer silêncio para colocar-se diante de Deus e tomar consciência da nossa condição de criaturas que dependem d'Ele e de pecadores que precisam do seu amor", sublinhou o Santo Padre.

Por isso, "na Quaresma, ela nos convida a uma oração mais fiel e intensa, e a uma meditação prolongada sobre a Palavra de Deus".

Mas, antes de tudo, em linha com a sua Mensagem para a Quaresma deste ano, o Pontífice convidou todos os fiéis a "reviver" o próprio Batismo, pois a Quaresma, especialmente neste ciclo litúrgico A, foi, na tradição da Igreja, o itinerário que os catecúmenos percorriam antes de receber o sacramento na noite da Páscoa.

O Papa convidou todos a viver este "itinerário batismal", para "reavivar em nós este dom e fazê-lo de maneira que nossas vidas recuperem as exigências e os compromissos deste Sacramento, que está na base da nossa vida cristã".

"A Igreja sempre associou a Vigília Pascal à celebração do Batismo, passo a passo: nele, realiza-se esse grande mistério pelo qual o homem, morto para o pecado, torna-se partícipe da vida nova em Cristo ressuscitado e recebe o Espírito de Deus."

As leituras dos próximos domingos, explicou o Pontífice, "são tomadas precisamente da tradição antiga, que acompanha o catecúmeno na descoberta do Batismo: são o grande anúncio do que Deus faz neste sacramento, uma magnífica catequese batismal dirigida a cada um de nós".

O Papa foi detalhando, um por um, o significado dos Evangelhos de cada domingo da Quaresma, explicando também quais eram os passos (escrutínios, adesão ao Credo, iniciação na oração cristã) que o catecúmeno seguia durante este itinerário.

Exortou os fiéis a estarem "atentos para acolher o convite de Cristo a segui-lo de maneira mais determinada e coerente, renovando a graça e os compromissos do nosso Batismo, para abandonar o homem velho que está em nós e revestir-nos de Cristo".

A Quaresma, acrescentou, "é um caminho, é acompanhar Jesus que sobe a Jerusalém, lugar do cumprimento do seu mistério de paixão, morte e ressurreição".

Assim, explicou, "nos recorda que a vida cristã é um ‘caminho' a ser percorrido, que consiste não tanto em uma lei a ser observada, mas na própria pessoa de Cristo, a quem vamos encontrar, acolher, seguir".

"É sobretudo na liturgia, na participação dos santos mistérios, que somos levados a percorrer este caminho com o Senhor; é um colocar-nos na escola de Jesus, percorrer os acontecimentos que nos trouxeram a salvação."

Mas esta vivência não é "uma simples comemoração, uma lembrança de fatos passados", senão que, "nas ações litúrgicas, Cristo se faz presente através da obra do Espírito Santo, e esses acontecimentos salvíficos se tornam atuais".

Participar da Liturgia, concluiu, significa "submergir a própria vida no mistério de Cristo, na sua presença permanente, percorrer um caminho pelo qual entramos em sua morte e ressurreição para ter a vida".

O Papa: Não há reforma da Igreja sem conversão do coração

Na Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Bento XVI falou sobre São Roberto Belarmino, quem com sua vida ensina que não pode haver uma reforma verdadeira da Igreja se antes cada pessoa não se converter de coração a Cristo.

Diante de mais de 7.000 pessoas na Sala Paulo VI, o Santo Padre dedicou sua catequese a este Santo que viveu entre os anos de 1542 e 1621, figura destacada de uma época difícil na que "uma grave crise política e religiosa causou a separação de muitas nações da Sé Apostólica".

São Roberto Belarmino teve uma excelente formação cultural e humana, entrou na Companhia de Jesus (jesuítas) em 1560; estudou em Roma, Pádua e Lovaina (Leuven). Foi nomeado Cardeal e Arcebispo de Capua (Itália), desempenhando depois as mais altas responsabilidades ao serviço do Papa, foi membro de diversas congregações e encabeçou missões diplomáticas da Santa Sé em Veneza e na Inglaterra.

Em seus últimos anos compôs vários livros de espiritualidade nos que condensou o fruto de seus exercícios espirituais anuais. Foi beatificado e canonizado por Pio XI, que o proclamou também Doutor da Igreja em 1931.

O Papa explicou que o livro do Santo, "Controvérsias", constitui "um ponto de referência ainda válido para a eclesiologia católica" já que "acentua o aspecto institucional da Igreja, devido aos enganos que circulavam então sobre essa questão".

"Entretanto, o autor esclarece os aspectos invisíveis da Igreja como Corpo Místico e os ilustra com a analogia do corpo e a alma, com o fim de descrever a relação entre as riquezas interiores da Igreja e os aspectos exteriores que a fazem perceptível".

O Papa indicou que "nessa obra monumental, que pretende sistematizar as diversas controvérsias teológicas da época, evita qualquer estilo polêmico e agressivo frente às idéias da Reforma, mas, utilizando os argumentos da razão e da Tradição da Igreja, ilustra de forma clara e eficaz a doutrina católica".

"Seu legado estriba na forma em que concebia seu trabalho. As difíceis tarefas de governo não lhe impediram de tender diariamente para a santidade, com a fidelidade às exigências do próprio estado como religioso, sacerdote e bispo. (...) Seu predicação e sua catequese apresentam o caráter essencial que devia à educação inaciana, que concentra as forças da alma no Senhor Jesus intensamente conhecido, amado e imitado".

Na obra "O gemido da Pomba", na que a pomba representa à Igreja, Roberto Belarmino " exorta com força ao clero e a todos os fiéis a uma reforma pessoal e concreta da própria vida seguindo aquilo que ensinam a Sagrada Escritura e os Santos, " e "ensina com grande clareza e com exemplo da sua vida que não se pode exercer verdadeira reforma da Igreja se antes não há reforma pessoal e a conversão do nosso coração".

"Se tens sabedoria, compreenda que és cristo para a glória de Deus e para a tua eterna salvação. Esse é o teu fim, esse é o centro da tua alma, esse o tesouro do teu coração. Por isso, avalie como verdadeiro bem o que te conduz ao teu fim e como verdadeiro mal aquilo que te faz te perder. Acontecimentos prósperos ou adversos, riquezas e pobreza, saúde e doença, honras e ultrajes, vida e morte, o sábio não deve buscá-los, nem fugir por si. Mas são bons e desejáveis somente se contribuem à glória de Deus e à tua felicidade eterna, são maus a se evitar se a obstaculizam ", escrevia Roberto Belarmino.

Finalmente o Papa precisou que estas "não são palavras que saíram de moda, mas palavras a serem meditadas ainda hoje por nós, para orientar o nosso caminhos sobre esta terra. Recordam-nos que o fim da nossa vida é o Senhor, o Deus que se revelou em Jesus Cristo, no qual Ele continua a chamar-nos e a prometer-nos a comunhão com Ele”.

As palavras do santo jesuíta “recordam-nos a importância de confiar no Senhor, de nos gastarmos em uma vida fiel ao Evangelho, de aceitar e iluminar com a fé e com a oração toda a circunstância e toda a ação da nossa vida, sempre nos esforçando para a união com Ele".

Ao final da Catequese, o Papa dirigiu aos peregrinos de língua portuguesa a seguinte saudação:

Amados peregrinos de língua portuguesa,
a todos saúdo cordialmente, desejando que este nosso encontro dê frutos de renovação interior, que consolidem a concórdia nas famílias e comunidades cristãs, a bem da justiça e da paz no mundo. Como penhor de graça e paz divina, para vós e vossos queridos, de bom grado vos concedo a Bênção Apostólica

Fonte: www.acidigital.com

Renovar a graça do Batismo na Quaresma, exorta o Papa



Em sua mensagem para a Quaresma apresentada dia 22 de fevereiro pela manhã no Vaticano, o Papa Bento XVI afirma que este tempo de purificação e conversão através do jejum, a esmola e a oração, deve renovar em todos os fiéis a graça recebida no Batismo.

Na mensagem titulada "Sepultados com Ele no batismo, foi também com Ele que ressuscitastes", o Papa se refere à íntima relação entre este sacramento, que apaga o pecado original e abre as portas à vida eterna, e o tempo de Quaresma.

"O fato que na maioria dos casos o Batismo se recebe quando somos crianças põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém é merecedor da vida eterna pelas próprias forças", indica o Pontífice.

Este sacramento "não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do batizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo".

"Um vínculo particular liga o Batismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva”. “De fato –prossegue o Papa- desde sempre a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do Batismo: neste Sacramento realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos".

"Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã: realmente eles vivem o Batismo como um ato decisivo para toda a sua existência".

O Papa passa recorda em seguida os Evangelhos dos domingos de Quaresma: a tentação de Cristo no deserto da qual sai vitorioso, a Transfiguração do Senhor que anuncia "a divinização do homem", o encontro com a samaritana que fala da sede de vida eterna do ser humano, o encontro com o cego de nascimento que descobre em Jesus a luz do mundo; até chegar à ressurreição do Lázaro.

"A fé na ressurreição dos mortos e a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia", diz o Papa.

"Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança", acrescenta.

Com o Santo Tríduo Pascal, a Quaresma encontra seu cumprimento, "particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas batismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos «da água e do Espírito Santo», e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à ação da Graça para sermos seus discípulos".

Jejum, esmola e oração

"Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo", afirma o Papa.

Com o jejum, "aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo".

"No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida. A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha".

"A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida", prossegue o Pontífice e pergunta:

"Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projetos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro?"

Bento XVI adverte logo que "tentação é a de pensar, como o rico da parábola: «Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos...». «Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma...» (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é um chamado à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia".

Sobre a oração, o Papa assinala que "permite-nos também adquirir uma nova concepção do tempo: de fato, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro. Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que «as suas palavras não passarão» (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele «que ninguém nos poderá tirar» (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna".

“Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é «fazer-se conformes com a morte de Cristo» (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida".

Finalmente o Santo Padre encomenda este tempo de conversão "à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna".

Nota da CNBB critica baixo nível moral de programas como os reality shows no Brasil

Em uma nota divulgada ontem dia 17/02/2011 pela CNBB os bispos brasileiros criticaram “alguns programas, entre os quais os chamados reality shows, que atentam contra a dignidade de pessoa humana” e pediram antes de tudo, às emissoras de televisão, “uma reflexão mais profunda sobre seu papel e seus limites”.

“Têm chegado à CNBB diversos pedidos de uma manifestação a respeito do baixo nível moral que se verifica em alguns programas das emissoras de televisão, particularmente naqueles denominados reality rhows, que têm o lucro como seu principal objetivo”, afirmam os prelados em sua nota.

“Nós, bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), reunidos em Brasília, de 15 a 17 de fevereiro de 2011, compreendendo a gravidade do problema e em atenção a esses pedidos, acolhendo o clamor de pessoas, famílias e organizações, vimos nos manifestar a respeito”.

“Destacamos primeiramente o papel desempenhado pela TV em nosso país e os importantes serviços por ela prestados à sociedade. Nesse sentido, muitos programas têm sido objeto de reconhecimento explícito por parte da Igreja com a concessão do Prêmio Clara de Assis para a Televisão, atribuído anualmente”, recordaram os prelados.

Porém, os bispos lamentam “que esses serviços, prestados com apurada qualidade técnica e inegável valor cultural e moral, sejam ofuscados por alguns programas, entre os quais os chamados reality shows, que atentam contra a dignidade de pessoa humana, tanto de seus participantes, fascinados por um prêmio em dinheiro ou por fugaz celebridade, quanto do público receptor que é a família brasileira”.

Os bispos brasileiros exortam “a todos no sentido de se buscar um esforço comum pela superação desse mal na sociedade, sempre no respeito à legítima liberdade de expressão, que não assegura a ninguém o direito de agressão impune aos valores morais que sustentam a Sociedade”.

“Dirigimo-nos, antes de tudo, às emissoras de televisão, sugerindo-lhes uma reflexão mais profunda sobre seu papel e seus limites, na vida social, tendo por parâmetro o sentido da concessão que lhes é dada pelo Estado”, afirmaram.

Os bispos também pediram ao Ministério Público “uma atenção mais acurada no acompanhamento e adequadas providências em relação à programação televisiva, identificando os evidentes malefícios que ela traz em desrespeito aos princípios basilares da Constituição Federal”.

“Aos pais, mães e educadores, atentos a sua responsabilidade na formação moral dos filhos e alunos, sugerimos que busquem através do diálogo formar neles o senso crítico indispensável e capaz de protegê-los contra essa exploração abusiva e imoral”, animaram os bispos.

“Por fim, dirigimo-nos também aos anunciantes e agentes publicitários, alertando-os sobre o significado da associação de suas marcas a esse processo de degradação dos valores da sociedade”, escrevem os bispos do Consep.

“Rogamos a Deus, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, luz e proteção a todos os profissionais e empresários da comunicação, para que, usando esses maravilhosos meios, possamos juntos construir uma sociedade mais justa e humana”, expressaram os prelados.

A nota é assinada respectivamente por Dom Geraldo Lyrio Rocha, Presidente da CNBB; Dom Luiz Soares Vieira, Vice-Presidente da CNBB e Dom Dimas Lara Barbosa, Secretário Geral da entidade.

Para descarregar a nota na íntegra, visite:
http://www.cnbb.org.br/site/notas-e-declaracoes/5854-cnbb-divulga-nota-sobre-etica-e-programas-de-tv

Moysés Azevedo, fundador da Comunidade Católica Shalom foi o entrevistado do jornal O Povo


Moysés Azevedo, fundador da Comunidade Católica Shalom foi o entrevistado desta segunda-feira, dia 14, no caderno Páginas Azuis do jornal O Povo, do Ceará.

Perfil
Moysés Louro de Azevedo Filho tem 51 anos. Nasceu em Fortaleza. É fundador e moderador geral da Comunidade Católica Shalom, que foi criada em 1982. O movimento está hoje no Brasil inteiro e em 15 países. Surgiu com uma lanchonete na Aldeota, onde hoje funciona o Shalom da Paz. Em 2007, a comunidade recebeu o reconhecimento pontifício da Santa Sé, pelo papa Bento XVI. Moysés é consultor do Pontifício Conselho para os Leigos, também nomeado pelo papa Bento XVI. Começou a estudar Geologia, mas deixou dois anos depois. Quis cuidar do sofrimento humano e se formou em Fisioterapia. Mas não exerce. Não quis ser padre - contrariando o desejo inicial da mãe. Celibatário, mora na comunidade e dedica o tempo totalmente à evangelização e aos trabalhos do Shalom. De línguas estrangeiras, fala italiano, espanhol, um pouco de francês e de inglês.

O POVO - Como foi o início da sua vida na igreja?

Moysés Azevedo - Eu nasci numa família tradicionalmente católica. Quando meus pais se casaram, minha mãe queria muito um filho homem. E ela dizia que o consagraria a Deus. Nasceram cinco meninas. Com ela aos 44 anos, finalmente eu nasci. As mais velhas já estavam casando. Fui praticamente criado com os meus sobrinhos. Quando eu era adolescente, eu não gostava dessa história, porque as amigas da minha mãe diziam: “Cadê o meninozinho que vai ser padre?”. Eu não queria ser padre.

OP - Você estudava onde?

Moysés - No Cearense, o Marista. E quando tinha 15 anos, uma amiga me convidou pra participar de um encontro de jovens da Arquidiocese de Fortaleza. E eu: “Tô fora”. Não me atraía. Para mim, naquele tempo, Deus era uma coisa distante, tradicional. Ela insistia. Pra mim, a igreja não era um lugar pra jovem. Fim de semana pra mim era festa, diversão. Mas aquele fim de semana mudou a minha vida.

OP - Por quê?

Moysés - Porque, pela primeira vez, eu tive uma experiência pessoal e forte com a pessoa de Jesus Cristo. Pra mim, Deus era uma ideia. Jesus Cristo era um cara legal. Mas, naquele encontro, eu pude experimentar que Deus é vivo, é uma pessoa real e que tocou a minha vida. Eu descobri que Deus me amava, de uma maneira muito pessoal, única e que ele podia encher de sentido a minha vida. E essa descoberta mudou a minha vida, meus valores, meu modo de pensar, de agir.

OP - E você parou de ir às festas?

Moysés - (risos) Não, mas passei a vivê-las de forma diferente. Continuei um jovem igual aos outros, mas eu não buscava a felicidade no álcool; não buscava a felicidade simplesmente numa pessoa, achando que ela ia me fazer feliz e pronto. Eu não buscava mais a felicidade numa sexualidade desordenada, que me dava um momento de prazer, mas que não traria paz no coração. Eu descobri que a paz é uma pessoa viva, Jesus Cristo.

OP - Mas você não quis ser padre.

Moysés - Não. Eu quis, sim, dar de graça o que de graça o que eu recebi. Descobri um amor maior, um amor divino. Se o amor humano é capaz de transformar a vida de uma pessoa, imagina o amor divino, que ultrapassa todos os sentidos de entendimento. Não podemos ficar com isso só pra nós.

OP - E onde é que a renovação carismática se diferencia aí?

Moysés - Eu não diria a renovação carismática, mas a igreja como um todo. E estamos falando do Shalom, como comunidade. Eu não sei onde ele se diferencia, eu sei quais são as nossas propostas. Quando eu comecei a me engajar no movimento de jovens da Arquidiocese, comecei a frequentar os grupos de jovens, que eu até então desconhecia.

OP - Igreja era só pra velho, né?

Moysés - Igreja, pra mim, era só pra gente velha, careta, que não dizia nada pra mim. E eu comecei a descobrir a igreja de uma face diferente, com um rosto jovem. Eu não posso ficar com essa experiência só pra mim.

OP - Mas você não sabia como.

Moysés - Mas eu não sabia como fazer isso. Exatamente. Havia grupos de jovens, a gente fazia uns encontros, mas como ir ao encontro daqueles jovens, como falar de Deus, da verdade, de Jesus Cristo, do amor? Foi quando, em 1980, o papa João Paulo II veio ao Brasil. E veio encerrar o Congresso Eucarístico Nacional em Fortaleza. E na época, dom Aloísio Lorscheider, cardeal arcebispo de Fortaleza, me disse para, em nome dos jovens, dar um presente ao papa. Fiquei muito feliz, honrado e me pus em oração. “Vou ofertar a minha vida e a minha juventude para evangelizar”. Fiz uma carta, uma espécie de compromisso. Chegou o dia, 9 de julho de 1980. Na missa, na hora do ofertório, eu entregaria a minha carta ao papa. Como eu estava na comissão de organização, trabalhando, eu já tinha visto algumas vezes o papa passando ali. Tudo normal. Mas quando eu estava na fila, chegou a minha vez e estava ali o papa João Paulo II. Nem sei mais o que foi que aconteceu. (risos)

OP - Do que você se lembra?

Moysés - Eu não conseguia nem falar. Fui andando, me ajoelhei diante dele e entreguei a carta. Eu não disse nada. Duas coisas ficaram muito fortes: o olhar do papa, eram uns olhos que procuro um azul igual àquele e não encontro. E como ele gostava de fazer, me tocou o rosto, me aproximou dele e, a segunda coisa que eu nunca vou esquecer, me abençoou. Esse olhar do papa João Paulo II e a mão dele sobre a minha cabeça é algo que eu percebi que tinha recebido uma graça e uma graça que eu não sabia o que era. E eu percebi que não era só – não era só, mas já era muito – João Paulo II que me olhava, que me abraçava e que me abençoava. Era Cristo também, era a igreja também.

OP - E a construção do Shalom?

Moysés - Eu só percebi que tinha recebido uma graça. Não identifiquei qual. Continuei rezando e começou a vir uma inspiração. Via que o jovem que estava distante, que não estava na igreja, não aceita convite de ir à missa, mas come um lanche. E daí, a inspiração: por que não fazer uma lanchonete pra evangelizar? Os jovens entrariam ali e nós poderíamos testemunhar, conversar, um diálogo franco, aberto e testemunhar aquilo que aconteceu na nossa vida. Aí, a gente montou uma lanchonete. Apresentávamos logo o cardápio e os sanduíches, as pizzas tinham os nomes bíblicos. As pessoas perguntavam: ‘O que é ágape?’. É o amor de Deus. Então, era um início de um diálogo respeitoso.

OP - Você imaginou que se transformaria nesse movimento?

Moysés - Jamais. Nunca pensei em fundar nada. Na frente, era uma lanchonete. Atrás, tinha uma capelinha com o Santíssimo Sacramento exposto em adoração.

OP - Como era sua relação com dom Aloísio?

Moysés - Muito boa. Dom Aloísio foi um pai pra nós, me acolheu como um jovem que queria servir a Cristo e à igreja. E acreditou no nascimento da obra Shalom, que era uma coisa muito diferente, nós éramos leigos, não tínhamos padres. Hoje, nós temos padres na comunidade, famílias, consagrados.

OP - O movimento ordena padre?

Moysés - Hoje, o movimento tem um reconhecimento pontifício da Santa Sé, com o papa Bento XV, em 2007. Já teve o reconhecimento diocesano, quando dom Cláudio era arcebispo de Fortaleza. Somos a primeira comunidade no Brasil que recebeu o reconhecimento pontifício. Temos sacerdotes formados na comunidade, mas são ordenados pelo arcebispo de Fortaleza, dom José Antônio, que é também um pai para nós. Estão a serviço da missão da comunidade.

OP - A igreja católica não tem perdido fiéis?

Moysés - Houve esse período. Nos anos 70, nos anos 80, no começo dos anos 90, houve um pouco essa defasagem. Hoje, ao contrário, com os novos movimentos, os movimentos eclesiais, a renovação carismática, o neocatecumenal, Focolare, as novas comunidades, como Shalom, Canção Nova, esses movimentos são respostas do espírito para os desafios do tempo de hoje. Não é só simplesmente perder fiéis, o que existe no mundo de hoje é um grande desafio até de indiferença religiosa. As pessoas creem em Deus, mas vivem como se ele não existisse.

OP - Não é o medo do desapego?

Moysés - Eu não acredito que é o medo do compromisso. É a falta da experiência do amor de Deus. Quando nós nascemos, nós recebemos o batismo na Igreja Católica. Depois, fizemos a primeira comunhão. Acabou-se. A gente estuda matemática, física, química, biologia, história. No campo humano, a gente desenvolve. Mas no campo da fé, a gente fica com a fé de uma criança de 10 anos.

OP - Mas a renovação carismática não mostrou a igreja de uma outra forma?

Moysés - Também. É um carisma. A comunidade Shalom tem um carisma.

OP - E o que é o carisma?

Moysés - É um dom de Deus, dom do Espírito Santo, que derrama sobre pessoas na igreja para atualizar o evangelho, para renovar a igreja.

OP - A liturgia é a mesma, mas as músicas são mais animadas. Isso não vai no sentido contrário?

Moysés - É uma renovação. Pra que existem os cantos? A celebração é viva, onde Deus está presente. A missa não é um espetáculo, não é um show aonde a gente vai se divertir. Os cantos precisam ser atualizados pra cultura de onde nós estamos.

OP - Mas as pessoas comentam que, nos arredores do Shalom, o barulho é grande.

Moysés - Isso é verdade.

OP - Não há exagero?

Moysés - No Shalom, seguimos todas aquelas prescrições da lei da poluição sonora. Claro que a gente pode melhorar. O ambiente é aberto, ressoa um pouco, mas tem a seriedade da nossa parte de não sair do horário. Por exemplo, o Halleluya, a gente fazia no Parque do Cocó, a gente sabia que incomodava aquelas pessoas por ali. A gente foi pro CEU (Condomínio Espiritual Uirapuru). Nós queremos aproximar as pessoas da igreja, não afastar.


OP - E o público do Shalom? É muito mais classe A e B?

Moysés - Se você for a uma missa de quinta-feira (a missa de cura), quero que você me responda isso. A nossa rádio atinge um público enorme. No Halleluya, tem gente de todo tipo, todos os lugares.

OP - O que impediu você, então, de ser padre?

Moysés - Tem uma passagem do Evangelho que João Batista diz “Ninguém pode se atribuir a algo que não recebeu do céu”. Deus não me chamou a ser padre. Deus me chamou a consagrar. Eu sou celibatário. Namorei, noivei, senti o chamado de Deus.

OP - Mas ter uma família não impediria de você fazer isso.

Moysés - Não e sim. Não impediria de se dedicar. E sim, da forma como eu me dedico. O celibato, que muitas vezes é tão questionado por aí, é um dom. Eu sou celibatário e nem sou padre. O sacramento do matrimônio é um grande dom. Mas existe um outro dom, que é o celibato que o mundo não entende.

OP - E como a igreja explica?

Moysés - A sexualidade é um dom de Deus que nos dá, a capacidade de amar. O celibatário é alguém que reúne toda essa sua capacidade de amar e oferta essa capacidade de amar a Deus. E essa comunhão de amor se transforma em uma fecundidade explosiva em favor dos outros e da humanidade. O celibatário se une a Deus de uma forma espiritual e Deus se une a ele.

OP - Você não acha que a igreja poderia rever alguns princípios?

Moysés - Eu sou um homem que acredita na vida, que a vida é capaz, mesmo nas situações mais difíceis e dolorosas, de renovar. Eu sou um apaixonado pela igreja. Onde há os que sofrem e não têm como se defender, a igreja levanta sua voz pra defender.

OP - Você fala do aborto?

Moysés - Também, também. Por exemplo, uma criança que já foi concebida, que é uma vida, quem vai dizer por ela? Ela tem direito de viver. A igreja é a voz de quem não tem voz. Rever esses pensamentos seria rever a sua própria natureza.

OP - Como é a sua relação com outras igrejas?

Moysés - De respeito. Minha posição é a posição da igreja. Em relação aos nossos irmãos protestantes, temos a relação do ecumenismo, do diálogo, ver aquilo que nos une, em vez de ver aquilo que nos separa. Já passou o tempo dos conflitos, agora é o tempo da comunhão.

OP - Como o Shalom se mantém?

Moysés - Quando um projeto é de Deus, Deus cuida. Temos que trabalhar. As pessoas são generosas e partilham. Fazem suas ofertas, suas partilhas. Através dos nossos benfeitores, nossa comunidade se mantém.

OP - Como o Shalom observa a política?

Moysés - É um lugar onde se deve viver o Evangelho e a caridade de Cristo. A caridade é o amor atuante. É dever dos fiéis leigos participar da vida política. A sociedade tem razão de reclamar, mas não de se omitir.

OP - Tem quem use o movimento para se eleger?

Moysés - Pode existir. Por isso, temos que estar muito atentos. Temos que ajudar a formar a consciência de todos os membros do movimento. Outro papel é formar lideranças cristãs que possam atuar na vida pública. Ninguém vai lançar candidato... Nosso papel não é apresentar “esse é o ungido, o candidato do Shalom”.

OP - Vocês são procurados nas eleições?

Moysés - Sem dúvida.

OP - E qual é a reação?

Moysés - Dizer que o movimento não apoia oficialmente ninguém. Oferecer dinheiro, nunca recebi proposta. Acho que ninguém tem coragem. Pedem apoio. Não estou dizendo que são pessoas desonestas. Mas nossa posição é de formar, educar e de gerar. Na hora que você toma partido, você divide.

OP - Por que o Shalom deu certo?

Moysés - Porque não é uma obra humana, é uma obra de Deus. O Moysés passa. Mas essa obra, como é de Deus, não passará.

OP - E qual é o desafio de hoje?

Moysés - Às vezes, a gente quer transformar o mundo. E precisa. Mas só há um caminho: mudando o coração do homem. Se a gente muda, constrói, transforma o coração do homem, a gente muda o mundo. Acho que é essa a nossa missão.

Amar Jesus para poder amar o próximo, segundo Papa

Na audiência com a Fraternidade Sacerdotal dos Missionários de São Carlos Borromeu

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - É necessário estabelecer uma profunda amizade com Jesus para poder servir os outros.

Isto é o que disse o Papa no sábado passado aos participantes da Assembleia Geral da Fraternidade Sacerdotal dos Missionários de São Carlos Borromeu, que nasceu há 25 anos do movimento Comunhão e Libertação.

Esta obra conta com 25 casas em 16 países em todo o mundo, 104 sacerdotes e 40 seminaristas, empenhados primariamente na missão paroquial e no ensino, com o testemunho - disse o Papa - da "fecundidade" do carisma de Dom Luigi Giussani.

E propriamente da "sabedoria cristã" de Dom Giussani, e do "seu amor a Cristo e aos homens, unidos indestrutivelmente", surgiu a Fraternidade Sacerdotal, disse seu fundador e superior geral, Massimo Camisasca, em um breve discurso de saudação ao Papa.

Em particular, explicou que "a experiência da comunhão, da qual Dom Giussani foi um professor, levou-nos, desde o início, a escolher a vida em comum e, portanto, a casa como um lugar de irradiação da fé".

Em seu discurso, Bento XVI afirmou, antes de tudo, que "o sacerdócio cristão não é um fim em si mesmo". E frisou esta ideia dizendo que "foi querido por Jesus em função do nascimento e da vida da Igreja".

"A glória e a alegria do sacerdócio consistem em servir a Cristo e seu Corpo Místico", disse o Pontífice.

O Papa sublinhou a importância da oração vivida como "um diálogo com o Senhor ressuscitado" e "o valor da vida em comum", não apenas em resposta às necessidades atuais, como a falta de padres, mas como "expressão do dom de Cristo que é a Igreja, (...) prefigurada na comunidade apostólica, que deu lugar aos presbíteros".

Viver com os outros, observou, "aceitar a necessidade de conversão própria e contínua e, especialmente, descobrir a beleza deste caminho, a alegria da humildade, da penitência, e também da conversa, do perdão mútuo, do apoio de uns aos outros".

Além de que a "vida em comum sem a oração" não é possível, também é verdade que é "imprescindível estar com Jesus para poder estar com os outros".

"Este é o coração da missão. Em companhia de Cristo e dos irmãos, qualquer sacerdote pode encontrar a energia necessária para servir os homens, para atender as necessidades espirituais e materiais com que se encontra, para ensinar com palavras sempre novas, que vêm do amor, as verdades eternas da fé, das quais nossos contemporâneos também têm sede - concluiu

Família e paróquia devem promover vocações, afirma Papa

Divulgada hoje a mensagem para o 48º Dia Mundial das Vocações

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - As famílias e as paróquias devem incentivar os jovens que sentem um chamado vocacional, precisamente neste momento em que responder a este chamado pode parecer mais difícil, considera o Papa Bento XVI.

A Santa Sé deu a conhecer hoje a Mensagem papal para o Dia Mundial das Vocações, que será comemorado em 15 de maio, quarto domingo da Páscoa, com o tema "Propor as vocações na Igreja local".

Na mensagem, o Papa insiste na responsabilidade das famílias, paróquias e associações na promoção das vocações.

"Especialmente neste tempo, em que a voz do Senhor parece sufocada por ‘outras vozes' e a proposta de O seguir oferecendo a própria vida pode parecer demasiado difícil, cada comunidade cristã, cada fiel, deveria assumir, conscientemente, o compromisso de promover as vocações", afirma.

Bento XVI insiste na importância de "encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida sacerdotal e à consagração religiosa", para que estes "sintam o entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu ‘sim' a Deus e à Igreja".

Por isso, pede "que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional, educando a nível familiar, paroquial e associativo".

É necessário ajudar as crianças e jovens a amadurecerem "uma amizade genuína e afetuosa com o Senhor, cultivada na oração pessoal e litúrgica; para aprenderem a escuta atenta e frutuosa da Palavra de Deus, através de uma familiaridade crescente com as Sagradas Escrituras".

É preciso que compreendam "que entrar na vontade de Deus não aniquila nem destrói a pessoa, mas permite descobrir e seguir a verdade mais profunda de si mesmos", sublinha.

Também é preciso ajudá-los para que vivam "a gratuidade e a fraternidade nas relações com os outros, porque só abrindo-se ao amor de Deus é que se encontra a verdadeira alegria e a plena realização das próprias aspirações".

Particularmente, o Santo Padre fala aos que estão diretamente envolvidos no discernimento vocacional dos jovens: sacerdotes, famílias, catequistas e animadores.

"Aos sacerdotes recomendo que sejam capazes de dar um testemunho de comunhão com o Bispo e com os outros irmãos no sacerdócio, para garantirem o húmus vital aos novos rebentos de vocações sacerdotais."

Às famílias, pede que "sejam animadas pelo espírito de fé, de caridade e piedade, capazes de ajudar os filhos e as filhas a acolherem, com generosidade, o chamamento ao sacerdócio e à vida consagrada".

"Os catequistas e os animadores das associações católicas e dos movimentos eclesiais de tal forma procurem cultivar o espírito dos adolescentes a si confiados, que eles possam sentir e seguir de bom grado a vocação divina."

O Papa se dirige também aos bispos, recordando-lhes a importância de promover "o mais possível as vocações sacerdotais e religiosas, e de modo particular as missionárias".

"O Senhor precisa da vossa colaboração, para que o seu chamamento possa chegar aos corações de quem Ele escolheu", diz aos bispos, ao mesmo tempo em que recomenda: "Cuidadosamente, escolhei os dinamizadores do Centro Diocesano de Vocações".

Também lhes recorda "a solicitude da Igreja universal por uma distribuição equitativa dos sacerdotes no mundo. A vossa disponibilidade face a dioceses com escassez de vocações torna-se uma bênção de Deus para as vossas comunidades e constitui, para os fiéis, o testemunho de um serviço sacerdotal que se abre generosamente às necessidades da Igreja inteira".

"‘Propor as vocações na Igreja local' significa ter a coragem de indicar, através de uma pastoral vocacional atenta e adequada, este caminho exigente do seguimento de Cristo, que, rico de sentido, é capaz de envolver toda a vida", afirma o Papa.

Por último, o Pontífice diz que a capacidade de cultivar as vocações "é sinal característico da vitalidade de uma Igreja local" e convida cada comunidade local a difundir "a disponibilidade para dizer ‘sim' ao Senhor, que não cessa de chamar novos trabalhadores para a sua messe".

Maioria dos deputados brasileiros rechaça o aborto

Graças a Deus que os deputados não querem ser abortados, mas querem abortar o aborto, compreendendo que ja mais eles seriam deputados se eles tivessem sido abortados, por isso nos unimos aquele que é o Senhor da vida.

A maioria dos deputados federais do Brasil, que farão parte da câmara de representantes a partir deste 1 de fevereiro, rejeitam a despenalização do aborto segundo uma pesquisa realizada pela rede de notícias G1 (Globo).

No sábado 29 de janeiro o G1 deu a conhecer os resultados de uma pesquisa feita aos deputados na qual se perguntou, entre outras coisas, "Você está de acordo com a despenalização do aborto?". 267 responderam que não, 78 disseram sim, 37 disseram que "em alguns casos" outros 32 disseram que não tinham uma opinião definida.

414 deputados, do total de 513, que farão parte da nova legislatura, responderam à pergunta sobre o aborto. Para obter os resultados,o G1 se comunicou com todos os legisladores e pôde obter respostas de 446.

Os 267 deputados que expressaram seu rechaço ao aborto constituem 52,4 por cento do total dos deputados; e 64,4 por cento dos que responderam à pergunta do G1 sobre o aborto.

Dos 414 que responderam, 74,6 por cento se declara católico; dos quais 10,2 por cento -52 deputados-, declaram-se católicos partidários do aborto, transgredindo os ensinamentos da Igreja.

A pesquisa do G1 se teve inicio no dia 29 de novembro e finalizou no 27 de janeiro deste ano. A maioria dos legisladores respondeu às perguntas por telefone enquanto que uma parte preferiu receber o questionário por correio eletrônico para devolvê-lo depois impresso.

G1 assinala além que na década de 90 apresentaram-se mais de 50 projetos sobre o aborto na Câmara de Deputados. A maior parte propõe mudanças no Código Penal, para diminuir ou aumentar as penas aos que praticam ou se submetem a esta prática.

A nova presidente do Brasil, Dilma Rousseff, expressou em diversas ocasiões seu apoio a descriminalização do aborto no país; uma postura que custou cerca de seis milhões de votos no primeiro turno das eleições presidenciais de 3 de outubro de 2010, data em que também foram escolhidos os 513 deputados federais.

Entretanto, durante sua campanha no segundo turno eleitoral no dia 31 de outubro, ela se declarou "pessoalmente contrária o aborto" e prometeu não enviar ao Congresso projetos para sua despenalização. Ativistas pró-vida no Brasil advertiram que poderia tratar-se de uma promessa eleitoral que seu partido político, o Partido dos Trabalhadores (PT) poderia não honrar

"Se perdermos a escola, perderemos a juventude"

Veja essa entrevista que estou reproduzindo abaixo feita pela cancaonova.com com Prof.Felipe Aquino, onde fala sobre ensino das escolas no Brasil e que a educação das crianças é em primeiro lugar dos pais, muitos são católicos, vão a missa mas não sabem trasmitr a fé ao seus filho por que não ler a Biblia, não conhece a dotrina da igreja.

Felipe Aquino é conhecido no meio cristão como autor de vários livros sobre a doutrina católica. Também é apresentador de programas na rádio, na TV e na WebTV da Canção Nova. Nos finais de semana, aproveita para percorrer o Brasil e outros países promovendo encontros de aprofundamento destinado a jovens, noivos e casais. Além disso, ele também é conhecido pela vasta experiência acadêmica ao longo dos anos.

No entanto, professor Felipe está preocupado. Por quê? A resposta é clara: sua alma de educador tem constatado o triste cenário em que se encontra o ensino no Brasil. A baixa qualidade do ensino básico e fundamental, além da constante inversão de valores morais e cristãos propagados abertamente nas salas de aula da rede pública, transformou o professor em profeta e, como tal, nesta entrevista exclusiva à equipe do cancaonova.com, professor Felipe denuncia o erro e exorta todos os católicos a abraçarem, sem medo, este urgente desafio: formar nossos jovens e crianças com a ajuda da implantação de escolas que eduquem segundo a sã doutrina católica.


cancaonova.com: Recentemente, o senhor escreveu em seu blog um artigo intitulado “Um desafio urgente aos católicos”, no qual aborda a questão da formação acadêmica, catequética e moral de nossas crianças. Que desafio é esse que se apresenta aos católicos de nossa sociedade?

Prof. Felipe: Hoje, infelizmente, o Estado está interferindo profundamente na educação das crianças, mais do que os próprios pais. E a educação da criança é uma responsabilidade, em primeiro lugar, dos pais. A própria Igreja e o Estado devem complementar essa formação. E pais têm o direito de apresentar para os filhos o que eles quiserem como formação moral e religiosa. No entanto, o que está acontecendo hoje? A escola tem recebido uma série de programas de educação que, na verdade, é uma “deseducação”. Temos visto, por exemplo, a instalação de máquinas de distribuir “camisinhas” para os adolescentes nas escolas da rede pública. Isso é algo que desencaminha o jovem na sua educação sexual. Esse é um programa que encaminha o jovem para a promiscuidade. A formação de nossas crianças não tem sido conforme a moral católica. Portanto, é preciso hoje oferecer aos pais colégios católicos que deem aos seus filhos uma formação católica. Eu tive a preocupação de colocar meus cinco filhos numa escola católica. Mas nem sempre os pais encontram essa escola católica em sua região. Então, qual é o grande desafio para nós católicos nos dias de hoje? É abrir essas escolas católicas. Antigamente, havia muitos colégios católicos. Hoje já não existem muitos. E até eu digo com certa dor no coração: a formação católica que era dada nos colégios católicos antigamente, em muitos deles hoje já não é mais a mesma. Alguns colégios mantiveram uma boa formação católica. Mas outros não. Eu dou um exemplo por mim mesmo: estudei, juntamente com meus oito irmãos, num colégio católico onde recebemos uma excelente formação. Quando eu “saí para o mundo” com 15 anos de idade, eu já tinha uma formação católica adequada. Depois eu coloquei meus cinco filhos no mesmo colégio em que eu havia estudado, contudo, eles não receberam mais a formação que eu recebi. Eu fiquei decepcionado!

Portanto, é muito importante que a Igreja supra essa falta. E eu penso que nós leigos católicos, que somos Igreja, temos de nos engajar nesse projeto de fomentar escolas católicas que eduquem desde o maternal, passando pelo ensino básico, pelo fundamental e, quem sabe, indo até a universidade. Se perdermos a escola, perderemos a juventude. É na escola que você forma a mentalidade do jovem, daquele futuro adulto que será depois um formador de opinião e um líder em nossa sociedade. Conheço vários leigos católicos que abriram escolas e penso que os grupos de oração e as novas comunidades podem ter iniciativas nesse sentido, como, por exemplo, a Comunidade Canção Nova, que mantém o Instituto Canção Nova com mais de mil alunos. Por isso é que eu lanço este desafio: retomar essa rede de colégios e escolinhas católicas porque, do contrário, nós não conseguiremos formar nossos jovens e crianças com a cultura católica.

cancaonova.com: Por que tantos pais não assumem o importante papel na formação dos próprios filhos? Quais iniciativas eles precisam tomar para que estes [filhos] não percam a fé?

Prof. Felipe: Em primeiro lugar, porque os pais, muitas vezes, também não receberam a fé, não são convertidos verdadeiramente. São católicos, batizados, vão à Santa Missa aos domingos, mas não sabem transmitir a fé aos filhos. E por quê? Porque não leem a Bíblia todos os dias, não têm uma vida espiritual, não sabem, muitas vezes, nem rezar o terço, não sabem quais são os Sacramentos da Igreja, os mandamentos e a doutrina católica. E mesmo aqueles pais que têm um pouco de conhecimento encontram dificuldades por causa da agitação do mundo moderno. É preciso que os pais reservem, dentro de casa, um momento para a formação cristã dos filhos. E também devem procurar escolas que ofereçam esta boa formação às crianças. Além disso, devem cobrar dos professores essa boa formação. Mesmo que o filho esteja estudando, por exemplo, numa escola da rede pública, os pais devem acompanhar. E no caso de o filho estar recebendo uma formação religiosa, sexual e moral com a qual os pais não concordem, estes têm que procurar o diretor da escola e dizer que não concordam com esse tipo de orientação. Os pais precisam fiscalizar a escola, porque a responsabilidade da educação dos filhos compete a eles.

"A formação de nossas crianças não tem sido conforme a moral católica"

cancaonova.com: E qual o papel dos professores, dentro desse contexto, tanto com relação à formação acadêmica como com relação à formação moral e cristã dos alunos?

Prof. Felipe: O professor que é católico sabe que tem o dever de transmitir esses valores cristãos aos seus alunos, qualquer que seja a disciplina que ele leciona. Primeiro com seu exemplo de vida, sua pontualidade, assiduidade, se apresentando bem aos alunos com uma palavra clara, sem uso de palavrões e piadas sujas. Enfim, pelo próprio jeito discreto do professor, sua competência profissional, tudo isso aliado faz com que o aluno já veja nele um exemplo. O professor católico tem uma responsabilidade muito grande na escola, pois há muitos alunos que não têm um pai, ou mesmo tendo um, muitas vezes, este é ausente em sua vida. Por essa razão, estes alunos se apegam ao professor. Eu lecionei durante quarenta anos e ainda hoje recebo e-mails de alunos meus de vinte anos atrás! O professor marca profundamente o aluno. Esse é um meio de evangelização natural já inserido no próprio profissionalismo do professor.

cancaonova.com: Antigamente, as escolas católicas empenhavam-se em oferecer tanto uma boa formação acadêmica como uma sólida formação moral aos jovens e crianças. Hoje, nota-se que muitas escolas católicas já não atingem mais a fé das novas gerações. A que se deve tal realidade?

Prof. Felipe: É uma situação complexa. Eu penso que uma das razões disso é o fato de que os próprios professores das escolas católicas deixam muito a desejar. Lembro-me de que quando eu era aluno num colégio católico, quase todos os meus professores eram padres e alguns outros eram leigos, porém, bons católicos. A direção do colégio não admitia um professor que não fosse católico. É o que falta hoje. Agora você entra em universidades católicas e encontra muitos professores que não são católicos, pregando a favor do aborto, da prática homossexual e da união civil de pessoas do mesmo sexo. Você encontra professores dentro das escolas católicas ensinando algo contrário do que a Igreja Católica ensina. Os colégios católicos precisam também se impor por uma formação intelectual muito grande. Porque, muitas vezes, os pais não colocam seus filhos em um determinado colégio católico porque seu ensino é “fraco”, e o aluno não sai preparado para enfrentar um vestibular ou uma universidade [boa]. Isso não pode acontecer. A escola católica tem que superar a escola pública, para que o pai prefira colocar o filho também por razões técnicas e acadêmicas nesse tipo de escola [escola católica].

cancaonova.com: Um jovem cristão que busca viver com coerência sua fé, ao estudar numa escola pública, sofre um verdadeiro ataque aos valores morais trazidos por ele. Qual conselho o senhor daria para que ele saiba lidar com todos esses desafios que começam desde o ensino básico e continuam até a universidade?

Prof. Felipe: Evidentemente, só o jovem que recebeu uma iniciação cristã e que conhece um pouco da doutrina católica e que já fez a decisão em sua vida de seguir o Evangelho é que saberá discernir – diante dos seus professores e da escola – o que está certo e o que está errado. E, dentro da sua condição, ele precisa manifestar seu ponto de vista diante dos professores, apresentando suas razões para isso, pois ele acaba encontrando professores “anticatólicos”, que atacam a Igreja, apontam só os defeitos e os erros na vida dos filhos da Igreja, mas não falam das coisas bonitas dessa instituição. E, diante disso, o jovem fica acuado diante dos seus professores por causa da falta de conhecimento sobre essas questões e acaba se revoltando contra a Igreja. O jovem cristão precisa, portanto, ficar também “por dentro” da história da Igreja Católica [de modo a saber argumentar].

cancaonova.com: Professor Felipe, muito obrigado por nos conceder essa entrevista. Peço que o senhor deixe aos internautas que nos acompanham sua mensagem final.

Prof. Felipe: Eu peço a você que divulgue esta nossa campanha de formarmos uma rede de escolas católicas. Vamos trabalhar para isso e rezar nessa intenção. E isso sem objetivo de fazer “guerra santa” contra ninguém. Estamos num mundo pluralista: existem as escolas católicas, as escolas dos espíritas, dos pagãos, dos ateus... E nós temos o direito de montar a nossa rede de escolas católicas para crianças católicas que vêm de famílias católicas. E isso sem precisar agredir ninguém.

Podemos chegar a Deus pela razão


Matriz do pensamento é a universidade. Se não nos penetrar com bastante competência, não vale de nada. A universidade tem um pensamento marxista e muitas pessoas saem desse local odiando a Igreja Católica.

Ciência e fé: um tema muito explorado pelas universidades, porque dizem que, para explorar e pesquisar, não podemos nos envolver com a Igreja. Podemos afirmar o contrário, pois uma apoia a outra. Como o pássaro não consegue voar com uma asa só, assim são os cristãos, pois não há oposição entre a ciência e a fé. Muitos dizem que só deixaremos a fé se não experimentarmos o amor de Deus verdadeiramente. Hoje, tornou-se mais difícil ter fé, porque o mundo prega valores inversos aos de Deus.

A divindade de Deus é possível ser reconhecida pela Igreja. O mesmo Deus que nos deu a fé, também nos deu a razão. A ciência quanto mais avança, tanto mais ela descobre Deus.

O Vaticano primeiro deixou claro: Podemos chegar a Deus pela razão. Quando entramos em nosso interior podemos encontrar a Deus, porque Ele nos deu vontades, sonhos e capacidades para pensar. Deus desceu até nos, Ele veio nos mostrar Seu rosto! O bem e o mal só podem ser discernidos pela razão, pois só ela já nos basta.

Quem nos criou foi o Autor deste mundo, por isso quem nega a Deus, não consegue provar nada. Nós precisamos tanto da religião como da ciência, elas não são compatíveis, mas se complementam.

Qualquer um que apresente seu mestrado o doutorado vai ser testado por todos os lados, para que não haja mentira e para que tudo seja correto. A pessoa é levada ao desespero.

O tempo da certeza não existe mais, como se o homem tivesse que viver na ausência e na incerteza da fé. O homem é medida de todas as coisas! Muitas vezes, ele quer assumir o lugar de Deus, desse modo está voltando para o pecado original, como Adão e Eva, por não querer seguir a lei divina. Sem Deus o homem fica desesperado, e muitas vezes, busca até o homicídio, o suicídio.

As universidades, algumas vezes, têm o desejo de destruir a Igreja, sendo esta a Instituição que mais faz caridade. Ela tem coragem de dizer "não" às máquinas de camisinha nas escolas e a tantas outros males. Hoje querem apagar essa luz do mundo.



Felipe Aquino

felipeaquino@cancaonova.com Formado em Matemática, tendo concluído o Mestrado e o Doutorado em Engenharia Mecânica. É pregador de Retiros de Aprofundamentos, em todo o país.

Papa aos jovens: "Estudem o Catecismo com paixão e perseverança!"

Bento XVI acredita que jovens não são superficiais, mas querem saber de que consiste verdadeiramente a vida"Convido-vos: estudai o catecismo! Esse é o meu desejo, de coração. [...] Estudai o catecismo com paixão e perseverança! Sacrificai o vosso tempo para isso! Estudai-o no silêncio do vosso quarto, leiai-o em duplas, se sois amigos, formais grupos e redes de estudo, trocai ideias pela Internet. Permanecei, de todos os modos, em diálogo sobre a vossa fé!", exclama o Papa Bento XVI aos jovens.

O convite do Papa está no prefácio do catecismo para jovens Youcat (abreviatura de Youth Catechism – Catecismo Jovem). O material faz parte do kit peregrino e será distribuído a todos os participantes da Jornada Mundial da Juventude 2011, que acontece em Madri, capital espanhola, de 16 a 21 de agosto deste ano.

Acesse
.: Prefácio de Bento XVI ao catecismo para jovens Youcat

O Pontífice deixa claro que o subsídio ao catecismo não engana, pois recorda que o YouCat não oferece soluções fáceis: sempre exige uma mudança de vida.

"Tendes necessidade do auxílio divino, se a vossa fé não quer secar como uma gota de orvalho ao sol, se não desejais sucumbir às tentações do consumismo, se não desejais que o vosso amor se afogue na pornografia, se não desejais ignorar os fracos e as vítimas de abusos e violência", destaca.

Bento XVI revela, mais uma vez, sua crença de que os jovens sempre buscam algo de grande e não são superficiais.

"Algumas pessoas dizem-me que o catecismo não interessa à juventude hodierna; mas eu não acredito nessa afirmação e estou seguro de que tenho razão. A juventude não é tão superficial como é acusada de ser; os jovens querem saber de que consiste verdadeiramente a vida. Um romance criminal é emocionante porque nos envolve no destino de outras pessoas, mas que poderia ser também o nosso; este livro é emocionante porque nos fala do nosso próprio destino e, por isso, está intimamente relacionado a cada um de nós", defende.

O Bispo de Roma também dá um outro conselho: não se valer dos recentes casos de pecado no interior da comunidade dos fiéis como pretexto para fugir do olhar de Deus. "Vós mesmos sois o corpo de Cristo, a Igreja! Levai o fogo intacto do vosso amor nesta Igreja, toda a vez que os homens tiverem obscurecido o rosto", pede.


Tradução para os jovens

O prefácio também faz uma retomada da experiência pessoal do Santo Padre como coordenador da equipe articulada para a redação do Catecismo da Igreja Católica (CIC). "Fiquei assustado com essa tarefa, e devo confessar que duvidei que algo de similar pudesse surgir. Como podia acontecer que autores espalhados por todo o mundo pudessem produzir um livro legível?", revela.

Com o passar do tempo, percebeu-se que o texto sempre pedia novas "traduções" para os diferentes mundos, a fim de que pudesse chegar às pessoas com diferentes mentalidades e diferentes problemáticas.

"Nesse contexto, perguntamo-nos se não deveríamos buscar traduzir o Catecismo da Igreja Católica na língua dos jovens e fazer penetrar as suas palavras no mundo deles. Naturalmente, também entre os jovens de hoje há muitas diferenças; assim, sob a comprovada liderança do Arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, formou-se um Youcat para os jovens. Espero que muitos jovens se deixem fascinar por este livro", afirma Bento XVI.


O YouCat

O YouCat (abreviatura de Youth Catechism – Catecismo Jovem) foi pensado para adolescentes e jovens adultos. Trata-se de um livro com a explicação contemporânea da fé católica, preparado na Alemanha e prefaciado por Bento XVI.

Este catecismo contém perguntas e respostas, comentários, ilustrações e imagens, sumário de conceitos-chave, citações bíblicas e de santos e grandes mestres da fé católica.

Fonte da noticia: Canção Nova

A vontade de Deus é caminho de santidade



Todos queremos fazer a vontade de Deus, mas como saber qual a vontade d'Ele para nossa vida? Primeiro, é preciso estarmos convencidos de que precisamos aceitar o desígnio do Senhor para nós, pois não há vontade melhor do que a do Pai. Ninguém nos ama mais do que Deus! A prova disso é que o Santo dos santos foi pregado na cruz para nos salvar. Ninguém tem o direito de duvidar do Amor, pois se o fizer, será um blasfemador.

São João da Cruz dizia que, se um dia pudéssemos experimentar todo o amor de Deus por nós, morreríamos de tanta emoção. Deus é amor, é sábio, é santo. Por isso temos de ser ávidos por fazer a Sua vontade.

“Na verdade, este mandamento que hoje te prescrevo não é difícil para ti nem está fora do teu alcance. Não está no céu, para que digas: ‘Quem poderá subir ao céu por nós para apanhá-lo? Quem no-lo fará ouvir para que o possamos cumprir? ’ Não está do outro lado do mar, para que digas: ‘Quem atravessará o mar por nós para apanhá-lo? Quem no-lo fará ouvir para que o possamos cumprir? ’ Ao contrário, esta palavra está bem ao teu alcance, está em tua boca e em teu coração, para que a possas cumprir. Vê que eu hoje te proponho a vida e a felicidade, a morte e a desgraça” (Deuteronômio 30,11-15).

A coisa que Jesus mais exigiu dos apóstolos foi a fé. O Senhor também nos pede que entremos pela porta estreita, porque a porta larga é a porta da perdição, é a porta das baladas, dos excessos, dos roubos... É a porta da morte! Entre pela porta estreita da justiça, da humildade, do caráter. E Jesus acrescenta que “poucos vão entrar pela porta estreita”. Por isso temos de querer a vontade de Deus, embora nem sempre a vontade d'Ele seja a nossa vontade. Quando você se põe nas mãos do Pai e entrega sua vida a Ele de coração, Ele o guia e realiza Seus planos.


"Quanto mais seguirmos os desígnios de Deus para nós, tanto mais seremos santos"
Foto: Wesley AlmeidaQuando aquilo que desejamos é algo que Deus Pai colocou em nosso coração, as coisas vão sendo realizadas em nossa vida. Diga para o Todo-poderoso: “Senhor, eu quero fazer a Sua santa vontade, porque sei que ela é o melhor para minha vida. Guia-me, Senhor, e não permita que eu atrapalhe a Sua vontade de acontecer em minha vida”.

Muitas vezes, Deus está mostrando Seus desejos para nós, mas teimamos em querer outro caminho. Por que os santos são santos? Porque aprenderam a fazer a vontade de Deus. A vontade d'Ele está na Bíblia e naquilo que a Igreja ensina no Catecismo da Igreja Católica.

Muitos católicos não obedecem à Igreja; muitos abortam, usam camisinha, praticam o adultério, não fazem jejum. Mas quanto mais seguirmos os desígnios de Deus para nós, tanto mais seremos santos.

Que cada um de nós, ao chegar ao final da vida, possa dizer a Deus: “Tudo está consumado, fiz tudo para cumprir a Sua vontade, Pai. O meu amor foi fazer Sua santa vontade”. Como Deus ficará feliz conosco se seguirmos os mandamentos da Igreja, fazendo Sua vontade!

Catequese do Papa

As virtudes evangélicas são a base da vida cristã e humana, disse o Papa ao falar de Santa Teresa d'Ávila

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 02-02-2011, Gaudium Press) Na Jornada Mundial da Vida Consagrada, celebrada hoje pela Igreja, o Santo Padre dedicou a catequese de sua audiência geral à figura de uma grande monja e mística espanhola do século XVI, Santa Teresa d'Ávila. Bento XVI termina a série de catequeses sobre as grandes mulheres da Igreja Católica, que vinha apresentando nas audiências semanais das quartas-feiras, com as Doutoras da Igreja, começando pela grande carmelita espanhola.

Santa Teresa, 1515-1582, é, segundo afirmou o Papa, uma "verdadeira mestra para os fiéis de todos os tempos", que "propõe as virtudes evangélicas como base de toda a vida cristã e humana", disse o Santo Padre. Em sua vida, a santa realizava as virtudes evangélicas de "amar uns aos outros como elemento essencial da vida comunitária e social; a humildade como amor da verdade; a determinação como fruto da audácia cristã; a esperança teologal, que descreve como sede de água viva". Em sua espiritualidade, a santa mística realizava também as virtudes de afabilidade, veracidade, modéstia, cortesia, alegria e cultura.

Suas grandes obras - "O Livro da Vida", "Caminho da perfeição", "Castelo Interior" e "O Livro das Fundações" - tornaram-se referência de estudo para numerosos teólogos dos séculos seguintes, apesar de a própria mística não ter tido uma formação acadêmica. O Papa Bento XVI lembrou que Santa Teresa viveu a sua vida monástica com "um amor incondicional pela Igreja", sempre no serviço e defesa dela, mesmo nos tempos de conflitos.

Para a sociedade moderna, "frequentemente carente de valores espirituais" o exemplo de Santa Teresa é um convite a "ser testemunha incansável de Deus" em profundidade e na oração, continuou o pontífice.

"Santa Teresa insiste na importância da oração, entendida como uma relação de amizade com aquele que se ama. A centralidade da humanidade de Cristo, outro tema que lhe era muito caro, ensina que a vida cristã é uma relação pessoal com Jesus, a qual culmina na união com Ele pela graça, pelo amor e pela imitação. Por fim, está a perfeição, aspiração, e meta de toda vida cristã, realizada na habitação da Santíssima Trinidade, na união com Cristo através do mistério da Sua humanidade", observou o Papa na síntese em português.

A família é amor e paciência

Nós queremos, neste Acampamento de Oração para as famílias,entronizar Jesus Crucificado em nossas casas. Este Jesus Crucificado que tem perdido espaço em nossos lares. Antigamente, as casas sempre tinham a imagem de Jesus Crucificado em seu interior e isto, infelizmente, tem mudado com o passar dos anos. Muitas famílias não colocam mais a cruz de Jesus num lugar de honra em suas casas.

Muitos pensam que a cruz é uma derrota de Jesus. Mas é exatamente o contrário: a cruz é um sinal de vitória. A vitória contra Satanás acontece no momento em que Jesus dá Sua vida por amor, quando pregado na cruz. Deus não esperou a ressurreição de Seu Filho para vencer a Satanás. O inimigo foi vencido pela cruz de Nosso Senhor. Satanás foge da cruz.

Nós estamos lutando. É uma luta a vida do homem sobre a terra, ou seja, a nossa vida aqui é mais parecida com a cruz do que com a ressurreição. Mas, no céu, a nossa vida será mais parecida com a ressurreição do que com a cruz. Agora já pensou se a cruz fosse um sinal de derrota? Significaria que a nossa vida aqui na terra seria marcada pelo sinal da derrota! Mas não: a cruz é para nós um sinal de vitória. Na cruz já existe a vitória de Deus. Portanto, quem entroniza a cruz de Jesus em sua casa, traz para dentro do seu lar a vitória de Deus. Só tem um jeito de experimentarmos a vitória do Senhor em nossas vidas: abraçando a cruz de Cristo.

Eu quero falar sobre as virtudes da cruz de Cristo. O que a cruz de Jesus tem a ver com a família? Tem tudo a ver: a cruz é o grande sinal do amor de Deus, e a família é a vocação, o caminho que Deus escolheu para vivermos o Seu amor aqui na terra. Amor e cruz. Cruz e família. Tem tudo a ver.

Em 1 Coríntios 13,4-7 o apóstolo Paulo vai falar sobre as virtudes da cruz de Cristo:

“O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não leva em conta o mal sofrido; não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo”.

Neste texto, Paulo vai falar sobre quinze características do amor. Aqui encontramos quinze virtudes da cruz de Jesus. Eu vou me prender a primeira virtude que é tão importante ser vivida em nossa família: a paciência.

O amor é paciente. Dentro da família nós precisamos ser pacientes. Muitas vezes, dentro da família a paciência parece ser uma “fraqueza”. Veja: na oração desta manhã, nós fomos exortados à luta, ao combate na oração. Para lutar é preciso coragem e não paciência! A coragem e a paciência parecem ser virtudes opostas.


Santo Tomás de Aquino nos ensina exatamente o contrário. Ele vai dizer que a paciência é um tipo de coragem. Existem coisas na vida que você pode dar um “basta”! Ter a coragem de dar um “basta” para vencer aquele vício, aquele pecado. Mas todo bom general sabe que não dá para vencer o inimigo de uma vez só. É preciso estratégia. Não basta para ser um bom soldado ter apenas coragem. O bom soldado precisa também ter paciência, ou seja, saber a hora de atacar.

Existem em sua casa problemas que precisam ser enfrentados com paciência. Na família a paciência tem que reinar! Quanta paciência os pais precisam ter com seus filhos! Mas também quanta paciência os filhos precisam ter com seus pais.

A paciência nos ensina que, no céu, minha família será perfeita. Mas aqui na terra a minha família viverá uma luta. Nós precisamos ter muita paciência uns com os outros se quisermos viver juntos. Você não pode querer “ocupar todo o espaço”. Você não é o centro do universo!

A paciência é a virtude que nos ensina a suportar aquele mal que ainda não conseguimos eliminar. Você, que é pai ou é mãe, consegue corrigir todos os defeitos do seu filho de uma só vez? É claro que não! Existem pais que são muito vaidosos. “Massacram” os seus filhos exigindo demais deles. E não fazem isso por amor à virtude, por amor a Deus, mas por vaidade! Afinal de contas, seus filhos não podem ter nenhum defeito. E, assim, transformam a própria vida e a vida de seus filhos num “inferno”. Gente, existem defeitos que são maiores do que os outros. E, na educação dos filhos, é preciso tratar primeiro dos grandes defeitos, pois eles são os primeiros a aparecer. Depois você vai cuidar dos defeitos menores. Não tem como você, que é pai ou mãe, querer tirar todos os defeitos do seu filho de uma só vez. Isso é vaidade!

O Papa Bento XVI, disse em um de seus primeiros discursos: “Quantas e quantas vezes nós somos impacientes com as coisas de Deus. Tenhamos paciência. A paciência que Jesus manifestou na cruz, porque o mundo é salvo pelo Crucificado e não pelos que crucificam”.

São Pedro vai dizer que “a paciência de Deus é fonte de salvação”. E quando que a paciência é fonte de salvação? Quando Deus não nos trata conforme os nossos pecados, mas Ele demora, nos dá tempo para nossa conversão!

Jesus pacientemente carregou a cruz. Todas as vezes em que você estiver agitado, nervoso, precisar corrigir seu filho pela “milésima vez” ou se irritar com algo dentro da sua casa, faça o seguinte: corra até o Crucificado. Coloque-se diante da cruz de Jesus entronizada em seu lar.

Jesus suportou cuspes, chicotadas, chutes, humilhações e xingamentos por amor. Olhando para a cruz de Cristo diga para você mesmo: “O amor é paciente”.

Jesus poderia pedir, pregado na cruz, que o Pai enviasse um exército celeste para dizimar àqueles que O crucificavam. Mas o que Ele fez? Ele pediu misericórdia: “Pai, perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem!” Se Jesus que é inocente teve paciência, porque eu e você que somos culpados não podemos ser pacientes uns com os outros?

Jesus morreu na cruz por todos nós. Mas existem algumas pessoas que são eleitas por Deus para sofrerem por Ele. A exemplo de Dom Eugênio Sales, a exemplo do monsenhor Jonas Abib, existem pessoas que vivem uma escolha de Deus, um privilégio, que é o de sofrer por amor a Cristo. O privilégio de carregar a cruz por amor a Cristo.

Existem os sofrimentos do dia-a-dia. Mas existem aqueles sofrimentos que surgem em sua vida pelo simples fato de você amar a Jesus. As perseguições, as calúnias por parte de seus próprios familiares, as provações suportadas por causa do seu amor a Deus, tudo isso é decorrente deste processo em que você vai se configurando a Cristo neste sofrimento vivido por amor a Deus.

Mas tudo isso desabrocha em esperança. Se tivermos paciência, ela desabrochará em esperança. A nossa libertação está próxima. Tenhamos paciência uns com os outros. E tenha paciência também com você mesmo. Esta paciência desabrochará em esperança também para aqueles que fazem parte da sua vida.

Repita comigo: “O amor jamais acabará!” E pense agora na sua família. A família jamais acabará! Deus se fez “família”. E a família na qual somos resgatados é aquela que nasceu da cruz de Cristo. Se a sua família hoje se parece mais com Jesus morto na cruz, saiba: assim como Ele ressuscitou, sua família também ressuscitará. O amor jamais acabará. Portanto, a família jamais acabará.

Padre Paulo Ricardo

Sacerdote da Arquidiocese de Cuiabá (MT)
www.padrepauloricardo.org

Família instituição de vida,

Salvando a família vamos salvar, o mundo e a sociedade.

A cruz é o nosso símbolo, a cruz é a nossa alegria. São Paulo exaltava a Santa Cruz, pois ele dizia que para nós era sinal de salvação. A primeira coisa que foi feita aqui neste país foi cravar uma cruz de madeira bem alta, isso aconteceu na primeira semana que o Brasil foi descoberto. Recebemos o nome de Terra de Vera Cruz que quer dizer, Terra da verdadeira Cruz, depois ficou como Terra da Santa Cruz. E hoje retirar as cruzes das praças, dos tribunais, é querer arrancar a nossa história. Qual mal que a cruz faz? A cruz é o simbolo da misericórdia, da caridade e da bondade. Quem pode ter medo da cruz? Somente o diabo pode temê-la.

Em cada casa cristã precisa ter um crucifixo para que, cada pessoa que entre veja que o Senhor reina naquela casa.

Ninguém pode destruir a família porque é obra de Deus, assim como não é possível destruir a Igreja. A família é uma instituição de Deus, é divina e sagrada. Por isso nenhuma força humana pode destruir.

A família é a pequena Igreja, é a Igreja doméstica. A Igreja e a família estão muito ligadas. A família é o grande projeto de Deus quando Ele nos quis criar. Santo Irineu dizia : 'O homem é obra mais bela de Deus.'

Deus nos desejou antes da criação do mundo para sermos santos como Ele. Essa é a nossa meta, nossa missão, buscar ser como Deus.

Deus quis uma família para gerar os filhos, ensina Felipe Aquino
Foto: Clarissa Oliveira/CN
Deus não quis nos vender em supermercado, ou que chegássemos pela entrega da cegonha. Deus quis uma família para gerar os filhos, Deus quis nos dá o poder para cooperar com Ele. Não há nada mais importante que gerar um filho e depois educar.

A porta de entrada de Jesus na terra foi através de uma família. Deus quis ter uma família, Ele quis ter Maria e José como seus pais. Jesus passou 30 anos com seus pais mostrando a importância da submissão aos pais, da educação, do relacionamento familiar.

Hoje temos medo de ter filhos, a coisa mais linda deste mundo é ter um filho. Mas a razão disso é a falta de fé. Saiba, Deus dá, Deus cria. Precisamos vencer o medo. Eu tenho cinco filhos, queria ter mais, mas porque minha esposa teve um mioma ela não pode gerar mais. E posso testemunhar, Deus nos abençoa na proporção que confiamos n'Ele. E cada vez que nasceu um filho meu, aumentou o meu salário.

Hoje pessoas que têm condições querem ter dois ou um filho, porque são egoístas, mas vamos na casa do pobre e têm muitos filhos; porque o pobre tem coração generoso.

A maior alegria que podemos ter nesta vida é a nossa família, nossos filhos. Eu testemunho: eu não troco nada nesta vida, pelo passar um final de semana com minha família.

Estamos envenenados de uma sociedade que não quer filho. Papa João Paulo II dizia: "Casais cristãos, não tenham medo da vida, pois a vida é benção e não maldição".

O sexo livre, sem responsabilidade, traz como consequências crianças órfãs de pais vivos! Isso é uma vergonha, acaba com a família. Não vemos a cobra abandonar seus filhos, nem a galinha abandonar seus pintinhos, mas hoje vemos o ser humano abandonar os seus filhos.

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Felipe Aquino

felipeaquino@cancaonova.com Formado em Matemática, tendo concluído o Mestrado e o Doutorado em Engenharia Mecânica. É pregador de Retiros de Aprofundamentos, em todo o país.

Oração, exercício que fortifica a fé




Deus não é uma "ideia". Deus é uma pessoa com a qual nos encontramos. Ou melhor, são três pessoas com as quais nos encontramos: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Às vezes você tem que fazer força para ir a Santa Missa aos domingos, tem que fazer força para rezar e assim por diante. Mas, para a má notícia chegar até nós, não é preciso fazer força. Não é necessário qualquer esforço.

Não é preciso esforço para perder a própria fé. Basta que sejamos envolvidos por tantas más notícias: é o desemprego na nossa família, um parente que está muito doente, uma traição dentro do lar, enfim, tantas más notícias que nos atingem e machucam o nosso coração.

Você já fez a experiência de receber uma má notícia tão grande que você fica “sem chão”? Uma espada “transpassa a sua alma”, assim como Simeão disse a Maria. Veja: a nossa família é ferida por inúmeras más notícias e, para suportá-las, é preciso ter fé. Mas o que é ter fé?

Precisamos entender, em primeiro lugar, o que é ter fé. Eu vou trazer para você verdades que não se pode negar e, para isso, não é preciso que você acredite no padre Paulo.

Primeiro: o bem e o mal se apresentam em nossas vidas de formas diferentes. O mal faz barulho. Já para você “enxergar” o bem é preciso fazer um esforço. Um exemplo disso é a nossa saúde. Quando você está bem de saúde, você precisa parar para daí perceber que está bem de saúde. Não é verdade? Quando estamos bem de saúde, nem notamos isso! Mas quando ficamos doentes daí percebemos com facilidade. Os sintomas surgem. A doença, o mal, é fácil de ser notado em nossas vidas.

São Pio de Pietrelcina diz: “Às vezes Deus não dá as graças que pedimos a Ele porque somos ingratos. E Deus não quer que pequemos por ingratidão”. Ou seja, Deus nos dá a graça uma vez, duas vezes, três vezes, mas como você é um sujeito ingrato, que não reconhece os favores d'Ele em sua vida, então aquilo que você pediu não se concretiza mais. E por quê? Porque Ele não quer que você se perca. Ele não quer que você peque pela ingratidão.

Uma árvore que cai faz mais barulho do que uma floresta inteira que está crescendo. As coisas ruins sempre fazem barulho. Portanto, para crescer na fé, é necessário esforço para perceber as coisas boas. Nós somos cegos para o bem. Temos os "olhos grandes" para aquilo que é ruim. Mas, para as coisas boas, existe uma “escama” que cobre os nossos olhos. E daí pecamos pela ingratidão a Deus.

Precisamos ser realistas. E o realista não é um pessimista. O pessimista é aquele que vê as árvores e diz: “Mas um dia elas vão cair!”. O realista é aquele que vê a vida como ela é. E, na vida, o bem é sempre maior que o mal. No entanto, o bem é silencioso e o mal é clamoroso. O mal gosta de fazer barulho.

Segunda coisa para exercitar sua fé: por mais que o mundo esteja bom, você nunca se dá por satisfeito. Aos casados eu quero dizer algo importante: a maioria dos casais se casa pela razão errada. A maioria diz: “Eu quero casar para ser feliz!” Mas não é o seu marido, não é a sua esposa que vai te dar a plena felicidade. Só Deus pode te dar a plena felicidade. Você não pode negar isto: assim como dois mais dois é igual a quatro (e você não tem como negar esta verdade) eu peço a você, ao menos “cinco minutos de sinceridade”, mesmo que você faça uma “cena” e não concorde com o que eu estou dizendo, perceba que por mais que você conquiste coisas na vida, você nunca se dá por satisfeito. Há um vazio interior. Você namora, noiva e diz: “Quando eu me casar eu vou ser feliz!” Daí se casa e a felicidade não chega. Então você pensa: “Preciso de um filho, então eu serei feliz!” O filho vem e a felicidade não chega! Os anos passam e a gente começa a pensar: “A vida é só isso?” E então culpamos o marido, a esposa, pela nossa infelicidade. Mas não se trata de ficar culpando aos outros. A nossa alma permanecerá inquieta enquanto não repousar em Deus. Há uma prova cabal de que este mundo é até “bonzinho”, mas jamais poderá nos preencher de felicidade. Só em Deus encontramos a plena felicidade.

Imagine você indo almoçar na casa de alguém e, logo no início, é oferecido a você um monte de “tira-gosto”. Isso é gostoso. Mas, o “tira-gosto” só é gostoso quando tem o banquete depois. Mas, se a pessoa que te convidou diz que a panela “queimou” e que você só vai comer “tira-gosto”, o que antes era uma boa notícia se torna agora uma péssima notícia. Se você comer só “tira-gosto” vai sentir uma azia daquelas! O banquete se faz necessário. A nossa vida, aqui na terra, é este “tira-gosto” para o grande banquete que nos espera no céu!

Se a família não olha para o céu, ela se destrói! Não é para este mundo a felicidade completa. Basta “cinco minutos de sinceridade” para você perceber que a nossa vida, aqui na terra, não tem como preencher plenamente o nosso anseio por felicidade.

Você nota que as pessoas que “sugam” esta vida como se ela fosse uma laranja não são verdadeiramente felizes. O dinheiro, o sexo desregrado, o vício, aparentam dar a felicidade. Mas é uma felicidade fugaz, passageira.

O passo da fé consiste em que Deus veio para nos dizer que este mundo não é uma “piada de mau gosto”. Não estamos “jogados” nesta vida. Não estamos abandonados nela. Deus veio nos buscar. A vida é boa! A vida é bonita! A vida é bela! Mas ela é uma promessa. Uma preparação para a verdadeira felicidade reservada para nós na eternidade. As pequenas felicidades que temos em nossas famílias é uma promessa para a plena felicidade que teremos no céu!

No céu a nossa sede será saciada. A nossa fome não mais existirá . Mas, para isso, é preciso aqui na terra ter fé. É necessária a prática da fé. E a prática da fé chama-se oração. Quem não ora perde a fé. Se você não ora, não consegue enxergar as coisas boas de Deus.

A oração que exercita, que alimenta a nossa fé, é aquela que busca uma verdadeira ação de Deus. Quando eu me encontro com Deus, e espero que Ele aja, isto exercita minha fé. A oração não é dar um “recadinho” para Deus. Mas é preciso rezar esperando que Deus aja.

Deus é uma pessoa. Portanto, a nossa oração consiste num diálogo com o Senhor. Não é só você falando o tempo inteiro, Deus também quer falar com você. Veja: o sentimento “evapora”, o que fica é o amor. Você não precisa “sentir” para orar. No início da nossa conversão, os sentimentos vêm com força. Mas isto é no início da caminhada. Com o tempo, os sentimentos passam. É o mesmo que se dá no casamento: os sentimentos passam, mas fica a aliança, o amor. Não é verdade?

Deus quer falar conosco. E Ele fala a nós através da Sua Palavra. É preciso ter este contato com a Palavra de Deus.

Para o exercício da oração não precisamos de sentimentos. É dizer para o Senhor: “Estou aqui diante de vós, Senhor! Eu não sinto nada, mas sei que o Senhor me ama e eu também vos amo”.

A oração não é ir a uma capela e ficar pensando em Deus. Pensar em Deus é meditação e não oração! Oração é conversar com Deus. Ele é uma pessoa. Oração é falar com o Senhor e, para isso, eu não preciso ter “arrepios místicos”. Mesmo que não sintamos nada na oração, o importante é ter esta certeza: Deus me ama sempre.