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O Papa: Como o bom vinho que melhora com os anos, os idosos devemos doar aos jovens a sabedoria da vida


VATICANO, 15 Mar. 13 / 04:44 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em suas palavras durante o encontro desta manhã com os cardeais eleitores e não eleitores, o Papa Francisco alentou aos cardeais a dar aos jovens a sabedoria da vida que têm os idosos, que melhoram como o bom vinho com o passar dos anos.
No encontro no qual sofreu um pequeno tropeço, o Santo Padre disse aos cardeais: Queridos irmãos, força! A metade de nós está em idade avançada: a velhice é – parece-me dizer assim – a sede da sabedoria da vida. Os idosos têm a sabedoria de ter caminhado na vida, como o velho Simeão, a velha Ana no Templo. E propriamente aquela sabedoria fez-lhes reconhecer Jesus. Doemos esta sabedoria aos jovens: como o bom vinho, que com os anos torna-se melhor, doemos aos jovens a sabedoria da vida".
Na Sala Clementina do Palácio Apostólico do Vaticano, o Santo Padre recordou ao Cardeal argentino Jorge Mejía, que teve um enfarte e comentou que "sua saúde é estável e manda saudações para todos".
O Papa disse que o encontro de hoje queria ser "um prolongamento da intensa comunhão eclesial", experimentada durante o Conclave.
"Animados por um profundo senso de responsabilidade e de grande amor por Cristo e pela Igreja –recordou- rezamos juntos, compartilhando fraternalmente os nossos sentimentos, as nossas experiências e reflexões. Neste clima de grande cordialidade cresceu o conhecimento e a abertura mútua".
Improvisando novamente, o Pontífice disse que esses sentimentos eram "bons porque somos irmãos. Alguém me dizia: os Cardeais são os sacerdotes do Santo Padre. Aquela comunidade, aquela amizade, aquela proximidade nos fará bem".
"Precisamente esta proximidade e esta abertura mútua nos facilitaram a docilidade à ação do Espírito Santo. Ele, o Paráclito, é o supremo protagonista de cada iniciativa e manifestação de fé", e de novo, deixando os papéis do discurso acrescentou "É curioso: isso me faz pensar. O Paráclito faz todas as diferenças nas Igrejas, e parece como se fosse um apóstolo de Babel".
"Mas por outro lado, é Aquele que faz a unidade destas diferenças, não na "igualdade", mas na harmonia. Eu recordo aquele Padre da Igreja que o definia assim: "Ipse harmonia est". O Paráclito que dá a cada um de nós carismas diferentes, nos une nesta comunidade de Igreja, que adora o Pai, o Filho e Ele, o Espírito Santo".
O Santo Padre recordou o período do Conclave, "repleto de significado não somente para o Colégio Cardinalício, mas também para todos os fiéis. Nestes dias sentíamos quase sensivelmente a atenção de tantas pessoas que, embora não partilhando da nossa fé, olham com respeito e admiração a Igreja e a Santa Sé".
Deste modo expressou seu agradecimento a todos os cardeais por sua cooperação na guia da Igreja durante a Sé Vacante, ao cardeal Angelo Sodano, Decano do Colégio Cardenalício, ao Camarlengo, cardeal Tarcisio Bertone e ao cardeal Giovanni Battista Re "que foi nosso chefe no Conclave".
"Um pensamento cheio de grande afeto e de profunda gratidão dirijo ao meu venerado Predecessor Bento XVI, que nestes anos de Pontificado enriqueceu e fortaleceu a Igreja com o Seu magistério, a Sua bondade, a Sua condução, a Sua fé, a Sua humildade e a Sua suavidade. Permanecerão um patrimônio espiritual para todos!".
E assinalou que "como nos recordou tantas vezes em seus ensinamentos e, por último, com este gesto corajoso e humilde, o Papa Bento XVI, é Cristo que guia a Igreja por meio do seu Espírito. O Espírito Santo é a alma da Igreja com a sua força vivificante e unificante: de muitos faz um corpo só, o Corpo místico de Cristo".
O Papa exortou a não ceder "nunca ao pessimismo, àquela amargura que o diabo nos oferece a cada dia; não cedamos ao pessimismo e ao desencorajamento: tenhamos a firme certeza de que o Espírito Santo doa à Igreja, com o seu sopro poderoso, a coragem de perseverar e também de procurar novos métodos de evangelização, para levar o Evangelho até os extremos confins da terra".
"A verdade cristã é atraente e persuasiva porque responde à necessidade profunda da existência humana, anunciando de maneira convincente que Cristo é o único Salvador de todo o homem e de todos os homens. Este anúncio é válido hoje como o foi no anúncio do cristianismo, quando se trabalhou a primeira grande expansão missionária do Evangelho".
Finalmente disse: "agora voltarão ?para suas respectivas sedes para continuar o vosso ministério, enriquecidos pela experiência destes dias, tão repletos de fé e de comunhão eclesial. Tal experiência única e incomparável nos permitiu acolher em profundidade toda a beleza da realidade eclesial, que é um reflexo do esplendor de Cristo Ressuscitado: um dia olharemos para aquela face belíssima do Cristo Ressuscitado!".
Terminado seu discurso o Papa saudou um por um a todos os cardeais presentes.

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